Longa é a história do Mosteiro de Santa Clara. No século XIII, em ano incerto, é fundado por D. Mafalda, infanta de Portugal. Sabe-se que, em 1272, estava já a funcionar em pleno. O pequeno mosteiro viria, depois, a adotar a Ordem de Santa Clara.
Largo de Santa Clara
Amarante
A violência das batalhas entre as tropas napoleónicas e as forças anglo-lusas, durante as invasões francesas pesou muito no mosteiro. As chamas que o exército francês ateou nos combates consumiram o mosteiro. Só a igreja escapou incólume.
Depois de um longo processo de reedificação, as religiosas voltariam a ocupar o mosteiro. Outra reviravolta, porém, estava para chegar. Em 1833, proíbem-se novas admissões ao noviciado. Mais: um ano depois, extinguem-se as ordens religiosas em Portugal. O Mosteiro de Santa Clara inicia uma morte lenta que chega em 1862, com a transferência da última religiosa para o Mosteiro de Santa do Porto.
O edifício seria vendido em hasta pública e, pouco a pouco, convertido na Casa da Cerca por um emigrante português no Brasil. Tratava-se de uma residência particular, que, depois de algumas transformações, manteve na designação a memória da cerca monástica.
Do conjunto monástico original, resta pouco mais do que um templo parcialmente demolido. Fisicamente, o mosteiro, tal como era conhecido na fase inicial, desapareceu. Mas há algo que ainda hoje se associa ao mosteiro; algo que faz as delícias dos amarantinos e dos visitantes – os doces conventuais, difundidos pelas freiras do ramo feminino da Ordem Mendicante Franciscana, devotas de Santa Clara. Hoje, a doçaria é uma referência na cultura e na gastronomia de Amarante.
Fonte: https://amarantetourism.com/