Descrição Góis

A Vila de Góis, sede do concelho homónimo, situa-se na parte oriental do distrito de Coimbra, a cerca de 45km dessa cidade. O Concelho de Góis encontra-se na Região Centro, na sub-região do Pinhal Interior Norte, numa área montanhosa, ladeada pelos rios Mondego e Zêzere, fazendo parte do complexo orográfico da Serra da Lousã. Os concelhos que o rodeiam são, a norte, Arganil, Vila Nova de Poiares e Lousã; a nascente, Arganil e Pampilhosa da Serra; a poente, Lousã e Castanheira de Pêra; a sul Castanheira de Pêra e Pedrógão Grande.

O indubitável isolamento geográfico de Góis, característico do interior do nosso país, acentuado ainda mais pelas características geográficas de zonas de montanha.

No âmbito da ocupação do solo destaca-se a mancha florestal, que corresponde a aproximadamente 20254 hectares, contra um total de 806 hectares para a ocupação agrícola. 

No Vale do Ceira pode apreciar-se uma bela e encantadora paisagem natural, com a predominância do elemento água, desenvolvendo-se em altivas montanhas, por todo o concelho e que rodeiam a área urbana da Vila de Góis. Essa paisagem constitui, desde épocas remotas, o maior potencial endógeno do Concelho de Góis.

Na área do concelho mais aplanada, próxima dos cursos fluviais, os campos férteis são propícios à exploração agrícola. Nas zonas mais acidentadas pelo relevo, a população dedica-se, essencialmente, à exploração agro-pecuária e florestal. Os habitantes da serra, adaptando-se às escarpas do terreno, criaram muros de sustentação de terras, redes de distribuição de água para rega e outras estruturas de apoio, como lagares, moinhos e pontes, que ainda hoje se encontram em uso, em muitas zonas do concelho.

A paisagem natural do Concelho de Góis encontra-se marcada pela presença do Rio Ceira, dos Penedos de Góis e da Serra da Lousã; pela biodiversidade e qualidade ambiental. Esse potencial ambiental deverá ser valorizado no âmbito do turismo e das actividades de lazer, complementado pelos elementos patrimoniais construídos, com destaque para as aldeias do xisto inseridas na Rede das Aldeias do Xisto (Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena), um “produto turístico de qualidade, cuja visibilidade permite a promoção integrada e sustentável dos recursos patrimoniais.
As aldeias do xisto de Góis são povoações peculiares, não só pela fisionomia dos lugares, mas também pela tipologia de construção, em que o xisto está omnipresente, conservando uma imagem rural e uma vivência singulares. A sua interessante arquitectura, de cariz popular, preserva, ainda hoje, as características e materiais de construção originais.