A Vidigueira é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Beja, região do Alentejo e sub-região do Baixo Alentejo, com cerca de 2 750 habitantes.
É sede de um município com 316,61 km² de área e 5 932 habitantes (2011), subdividido em 4 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Portel, a este por Moura, a sudeste por Serpa, a sul por Beja e a oeste por Cuba.
A existência desta povoação está documentada somente a partir do séc. XIII. No entanto, encontram-se registos de ocupação humana da região desde a pré-história. Para além do património megalítico, merecem referência as próximas villas romanas de São Cucufate e do Monte da Cegonha.
Sem grande importância estratégica na defesa do território, o desenvolvimento desta vila foi essencialmente agrícola. Este facto é facilmente comprovado pela produção de vinho, uma vez que a Vidigueira é também o nome de uma Região de Origem Controlada. A sua fama vinícola já existia no séc. XV e no séc. XIX era a 7ª região produtora.
O nome da Vidigueira está também ligado à figura histórica do Vasco da Gama, a quem D. Manuel I (1495-1521) concedeu o título de Conde da Vidigueira, em 1519. A Casa da Vidigueira, fundada então, permaneceu na mesma família até ao nosso século. Na torre do relógio da vila bate as horas um sino com a Cruz de Cristo e as armas dos Gamas gravadas, e a inscrição da data: 1520.
Evoca-se ainda, a cerca de 2 km de Vidigueira outra memória de Vasco da Gama. Na capela-mor da igreja do convento de Nossa Senhora das Relíquias (já muito alterado nas suas linhas originais) estiveram depositados os restos mortais do descobridor do caminho marítimo para a Índia quando vieram de Cochim em 1539, até serem trasladados para o Mosteiro dos Jerónimos em 1898.