Odemira é uma vila portuguesa pertencente à região do Alentejo e sub-região do Alentejo Litoral, com cerca de 22 536 habitantes (INE, 2015).
É sede do maior município português em extensão territorial, com 1 720,60 km² de área e 22 536 habitantes (INE, 2015), subdividido em 13 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Sines, a norte por Santiago do Cacém, a leste por Ourique, a sudeste por Silves, a sul por Monchique, a sudoeste por Aljezur e a oeste tem litoral no oceano Atlântico. O limite sudoeste, com o concelho de Aljezur, é marcado pela Ribeira de Seixe. A faixa litoral do município e o vale do Mira até à vila de Odemira faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. O concelho é atravessado pela Linha do Sul.
O concelho de Odemira caracteriza-se pela imensa diversidade paisagística, estendendo-se entre a planície, a serra e o mar, num total de 1720,25 km2.
Conquistada aos Mouros pelo primeiro rei português D. Afonso Henriques, só a partir do reinado de D. Afonso III, que lhe deu foral de vila em 1257, é que viria a ser definitivamente povoada. Deste passado histórico, Odemira não conservou vestígios importantes.
Mesmo do castelo, no seu ponto mais alto, já nada resta, nem o nome da rua que lhe dava acesso (Rua do Castelo), rebaptizada Sarmento de Beires, em homenagem a este aviador português aqui nascido, que em 1924 partiu de Vila Nova de Milfontes, num pequeno Bréguet, rumo a Macau, onde pousou 115 horas depois de ter percorrido mais de 16.000 km!
Num dos jardins da vila, uma curiosa estátua pintada lembra outra personalidade da terra: Damiano, boticário que no séc. XV escreveu um livro para ensinar a jogar xadrez!
O encanto de Odemira reside da sua localização sobre um pequeno monte em anfiteatro, onde se dispõem casas muito brancas orientadas para o rio Mira, nascido no interior da Serra do Caldeirão e que, a partir daqui é navegável até à foz, em Vila Nova de Milfontes, num percurso de cerca de 30 km, cenário belíssimo para passeio, remo e canoagem.
A região está muito atenta à preservação do artesanato, encontrando-se vários artesãos de cestaria, mobiliário, cerâmica e tecelagem.
Toda esta faixa meridional da costa portuguesa, da vila de Sines ao Cabo de S. Vicente, no Algarve, faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, uma região onde se encontram espécies raras de flora e de fauna e único local do mundo onde a cegonha branca nidifica em falésias marítimas.