Descrição São Jorge

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São Jorge é a ilha das arribas, falésias e fajãs, uma das mais verdes do arquipélago dos Açores e o local perfeito para umas férias em contato com a natureza e o mar.

Paisagisticamente salta à vista o contraste da cordilheira central que atravessa a ilha em quase todo o comprimento, com a escarpada e recortada costa, salpicada pelas típicas fajãs que se estendem mar adentro. 

Da Fajã da Caldeira do Santo Cristo, a mais famosa pelas suas saborosas amêijoas, à Fajã dos Cubres, com uma cristalina lagoa, e à Fajã do Ouvidor com as suas piscinas naturais, passear pela ilha de São Jorge é admirar o terreno parcelado para a agricultura de subsistência, as casas de pedra com janelas de três guilhotinas, cascatas e os curiosos cabos de aço para transporte da lenha até às planícies costeiras.

Completando toda esta deslumbrante paisagem costeira, estão ainda o Ilhéu dos Rosais e, ao largo da ponta oriental da ilha, o Ilhéu do Topo, centro de nidificação de muitas aves marinhas e de bons exemplares da flora endémica dos Açores. São razões que, aliadas à vertente paisagística, levaram à sua classificação como Reserva Natural.

No planalto central da ilha, a 1.053 m de altitude, encontramos o ponto mais alto de São Jorge, o Pico da Esperança, de onde podemos avistar inesquecíveis panorâmicas sobre a própria ilha, de perto vigiada pelo Pico, Graciosa, Terceira e Faial. É nesta zona mais alta, numa área que se estende desde o Pico do Areeiro ao Pico das Caldeirinhas, passando pelos Picos da Esperança e do Carvão e pelo Morro Pelado, que pela presença de uma vegetação endémica de grande valor botânico e científico, foram criadas três Reservas Florestais Naturais, que adotaram o nome daqueles quatro Picos.

Os vários miradouros disseminados pela ilha, como por exemplo o da Ribeira do Almeida, Fajã das Almas, das Urzes, Fajã dos Cubres e do Norte Pequeno, permitem vistas de indiscutível beleza.

São Jorge divide a sua área por 2 concelhos, as Vilas da Calheta e das Velas. Na Vila das Velas, o Portão de Mar acolhe os viajantes dos barcos que atracam no porto, encaminhando-os para a praceta central da vila, onde se podem visitar a Igreja Matriz de São Jorge, com o Museu de Arte Sacra anexo, e os Paços do Concelho.

Ao passar pela Urzelina o olhar fixa-se numa torre de igreja isolada no meio da paisagem, quase totalmente rodeada por rochas negras. Trata-se do único vestígio da construção original que foi soterrada pela erupção vulcânica de 1808. Em Manadas, de destacar um dos mais interessantes exemplos da arquitetura barroca nos Açores, a igreja de Santa Bárbara (do século XVIII), com fachada branca e negra e um rico interior. A Calheta e o Topo são pitorescos portos onde sobressaem casas e igrejas seculares com histórias para contar, como a Igreja de Santa Catarina, o Museu de São Jorge e a igreja de Nossa Senhora do Rosário.